Há muito tempo que não escrevia aqui no blogue. Há muito tempo que a motivação falta e a vida corre, sem me deixar grande margem para coisa nenhuma. Nenhuma mesmo. Mas hoje ganhei coragem. O tema és tu. Porque és tu que estás gravado na minha alma, a ferro e fogo, és tu que me estás no pensamento a cada maldito segundo que passa. Tu... e a tua ausência. E tudo o que ela me causa. Creio que criei um mundo imaginário na minha cabeça, um conto de fadas, sem qualquer sentido, no qual tu irias durar para sempre e que, eventualmente, eu ainda iria primeiro do que tu, só para não ter de sofrer a tua perda. Mas, efectivamente, este mundo era só meu e não faz sentido, porque a ordem natural da vida assim o diz. E, por isso, acabaste por me deixar. Por nos deixar. Pelo menos, fisicamente. Não sei descrever o que se sente, até para partilhar com quem nunca perdeu um Pai, porque nunca na vida se está preparado para isto. E não, não eras apenas um Pai. Eras um Pai com P grande, eras o meu melhor a