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Mensagens

Até sempre meu amor...

Há muito tempo que não escrevia aqui no blogue. Há muito tempo que a motivação falta e a vida corre, sem me deixar grande margem para coisa nenhuma. Nenhuma mesmo. Mas hoje ganhei coragem. O tema és tu. Porque és tu que estás gravado na minha alma, a ferro e fogo, és tu que me estás no pensamento a cada maldito segundo que passa. Tu... e a tua ausência. E tudo o que ela me causa. Creio que criei um mundo imaginário na minha cabeça, um conto de fadas, sem qualquer sentido, no qual tu irias durar para sempre e que, eventualmente, eu ainda iria primeiro do que tu, só para não ter de sofrer a tua perda. Mas, efectivamente, este mundo era só meu e não faz sentido, porque a ordem natural da vida assim o diz.  E, por isso, acabaste por me deixar. Por nos deixar. Pelo menos, fisicamente. Não sei descrever o que se sente, até para partilhar com quem nunca perdeu um Pai, porque nunca na vida se está preparado para isto. E não, não eras apenas um Pai. Eras um Pai com P grande, eras o meu melhor a

O ano em que eu percebi que "só sei que nada sei". Estou pronta para ti 2022!

  Mais um ano que termina. Mais de 350 dias, mais de 8 mil horas. A pandemia não acabou, as pessoas não mudaram para melhor, como eu achava genuinamente que iria acontecer, a economia não desemborregou... e tudo acaba, permanecendo exactamente igual, se não pior. Este ano não vou queixar-me, mesmo às portas de um novo ano. Não vale a pena. No último minuto de 2020, lembro-me de estar emocionada, lavada em lágrimas, sentido um alívio espectacular. Aquele último minuto, foi como uma tonelada a dissipar-se no ar. Senti-me leve como uma pena, mergulhada na emoção da esperança num ano completamente novo, completamente melhor, uma verdadeira oportunidade para, finalmente, mudar de vida. Só que não. Foi francamente pior. Mas, a realidade é que não apanhei Covid, não passei fome, não perdi ninguém demasiadamente próximo e, por isso, hoje, não haverá lugar a lamurias, muito menos estas, de barriga cheia e bem farta.  Hoje é o dia em que realizo e consciencializo, o mais honestamente possível, q

Faz-te à vidinha!

Nos últimos tempos tenho tido a sorte de encontrar algumas pessoas com formação em desenvolvimento pessoal e coaching. E isto faz com que, repentinamente, dê por mim a rever uma série de coisas no meu dicionário de vida. Há uma coisa tramada para todos nós, que se chama ego. O ego é uma espécie de lugar onde nos reconhecemos. Na verdade, o ego é um ponto de partida, uma ligação entre o que temos cá dentro e o que existe lá fora. Ele lida directamente com os estímulos do exterior, forçando-nos dentro dos seus conceitos base, a reagir de determinadas formas.  O ego é, para mim, uma caixa cheinha de conceitos e verdades que vamos criando, aprendendo, formatando e guardando como linhas mestras de acção, de crença, de comportamento e atitude. O ego é uma seca. Dei um nome ao meu e falo com ele. Mando-o calar imensas vezes. Sabem porquê?  Porque à medida que vou conhecendo outras realidades, outras formas de encarar a vida, percebo que mais de metade das verdades que o ego me grita diariamen

A xalupice continua: a importância de pensar antes de cuspir tudo o que nos passa pela cabeça cá para fora!

Há muito tempo que não vinha ao blogue escrever. A vida corre muito depressa e existe uma estranha tendência na minha vida, especificamente, para uma espécie de acumulação de coisas. Coisas que vão ficando para depois porque se trabalha no desgaste e em contratempo e, a escrita, com grande pena minha, é uma delas. Hoje não resisti em parar 10 minutos para partilhar que, ao fim deste tempo todo, há coisas que não mudam... por muito que nos esforcemos. A xalupice é uma delas: uma das condições que nasce connosco e não vale mesmo a pena tentar alterar. Sou uma pessoa responsável, trabalhadora, esforçada, e esta xalupice não faz de mim menos confiável... mas confesso que se esta pandemia me ensinou a ser um nadinha melhor pessoa, não curou em mim esta insanidade. Contrariamente. Há uma semana dei conta que todas as minhas sandálias estavam demasiadamente gastas, os ténis velhos e rasgados e, como sabem, sou das pessoas mais forretas deste mundo! Qual tio patinhas! Não havia hipótese. Tinha

ET Family, esta semana está que está: "Mas onde é que tu vives, Sílvia Pereira Dias? Vai mas é para casa pá!"

Eu juro que tento ser uma pessoa normal, que não faça sempre sempre sempre figuras, onde quer que vá, por onde quer que passe, ou sempre que abra a boca. Mas, há qualquer coisa em mim que atrai situações completamente despropositadas e verdadeiramente parvas!   Sábado acordei super cedo. Aliás, o meu corpo tem um maldito relógio e, seja semana ou fim de semana, confinados ou não, às 6h está on. Nada há a fazer quanto a isto. Então, Sábado, não foi diferente, e às 6h lá abri os olhos.    Ainda tentei enganar-me permanecendo quietinha na cama, a ver se o sono pegava de novo, mas a cabeça a mil não se calava, com mil e uma ideias, perguntas, questões e, para não me chatear a sério com ela, acabei por me levantar.   Vim para o computador, pesquisar umas coisas que precisava para a empresa e, mais ou menos às 8h olhei para o relógio e pensei: "ok, vou vestir-me, calçar os meus ténis velhos e rasgados e vou dar uma volta a pé. Estou sempre a queixar-me que não tenho momentos só meus, el

ET Family, capítulo oitocentos mil e cinquenta... "Sai arroz de fiambre para toda a gente!!!"

Esta publicação é mais pequena, mas não resisti em fazê-la. Não vale a pena justificar o grau de loucura cá de casa, porque os que nos seguem já conhecem. Vou passar ao que interessa, sem mais demoras.   Anteontem, tirei uns hambúrgueres do congelador para fazer ao jantar. Coloquei-os sobre a bancada da cozinha, como faço sempre, para descongelarem e, mais ao final da tarde, enfiar com eles no forno, onde de resto faço absolutamente tudo porque não há tempo para mais. Sim, ficam bons. Ponho-os num tabuleiro temperados, com caldo de legumes que eu mesma faço com as cascas dos legumes que usamos para a sopinha e... o forno trata do resto. Suculentos e saudáveis, sem estar presa à cozinha, ao fogão, etc.   Eram umas boas 19h35 quando me interrompeu o trabalho a lembrança dos benditos hambúrgueres que, após aquele tempo todo, continuavam à minha espera na cozinha...  embrenhei-me de tal modo no trabalho que me esqueci completamente de ligar o forno e tratar do jantar. Raios partam isto! A

Mais um episódio da ET Family: "Banhada: e não é que a senhora zen tinha razão?"

Como já disse milhentas vezes, a minha vida dava um filme de comédia. Nada, mas mesmo nada, nesta casa corre normalmente do princípio ao fim. Lembram-se que na passada quarentena um simples passeio - um dos únicos que decidimos dar - correu tão mas tão bem que acabou com o carro atolado no meio do nada? Então vamos lá a mais um episódio da série ET Family... Um dia destes, o estado emocional cá de casa era de tal forma que eu, eu mesma que cumpro escrupulosamente as regras do confinamento, sugeri. Vamos por os meninos no carro e vamos dar uma volta. Vamos até um sítio com natureza, sem ninguém e deixamos os putos correr. Já não se aguenta tanta birra, tanta energia acumulada e direccionada para o disparate. "E se nos mandarem parar?" perguntava o meu marido preocupado. "Se nos mandarem parar, explicamos que desde Março de 2020 que nunca falhamos e que, portanto, por amor à Santa da Sanidade Mental nos deixem ir não para nenhuma festa, não para nenhum espaço clandestiname